Hoje venho falar de RESPEITO!

11/06/2021
Hoje venho falar de RESPEITO!

Ao consultar apenas e só o dicionário, ora veja as informações que nos aportam:
“O sentimento de reverência e cortesia; sentimento de apreço e consideração; sentimento de medo e receio; atitude de acatamento e obediência; indica relação entre as coisas; aquilo que causa ou motiva alguma coisa; ponto de vista sobre um assunto, no plural – cumprimentos.”

Ficou na mesma?

Frequentemente observo, um oceano de gotículas, cada uma considerando-se mais importante do que a outra e querendo ocupar o lugar umas das outras. Se têm consciência estas gotinhas que disputam o mesmo lugar? Não, claro que não, na maioria das vezes. É um mecanismo puramente inconsciente que atua profundamente em cada uma, desencadeando padrões de pensamento e comportamentos puramente condicionados e que se tornam uma e outra vez repetitivos ao longo da vida. Empurra daqui, empurra dali, sendo a pressão e tensão uma constante.

Pais e filhos; Marido e mulher; Professores/educadores e alunos; colega e colega; Patrão e funcionários; amigos e amigas e por ai fora! Para quê o respeito? A quem deve servir o respeito nos relacionamentos?

Sei que não fomos ensinados e muito menos treinados a perceber quais as leis naturais pelo qual a alma se rege e pelo qual o espírito se movimenta para manter o seu sistema (familiar e coletivo) em homeostasia. Existe entre cada geração que chega um choque com as anteriores e um fosso entre cada uma delas, como se parte da linguagem que deve ser olhada é perdida, e deixa de ser reconhecida o valor de cada uma delas. Funciona como um esquecimento. Inclusive a maioria deixa de saber o que cabe a cada um fazer. E naturalmente a responsabilidade, o compromisso, a honra fica emaranhado e diria até muito confuso de se entender seja o que for.
Conflitos e desavenças surgem ou então são simplesmente desprezados a própria presença de cada um, fechando-se os olhos e mais…mantendo-os bem fechadinhos para não arder nada e não provocar nenhum desconforto adicional. Já a minha avó dizia ” olhos que não veem, coração que não sente!”.

Então o que nos estará a ser pedido neste momento?

É que possamos resgatar as crianças! Sabem quais as que eu me refiro? A nós PRÓPRIOS, aos traumas infantis não resolvidos, às feridas emocionais que não querem olhar e ver com os olhos da alma. Estas marcas não lembradas, impedem-nos de permanecer num caminho mais consciente, leve e no mundo dos adultos. Somos todos essas gotinhas de água! Cada uma contém essas caraterísticas desse grande oceano de água, dessa fonte, que nos confere a firmeza, a união e a sustentabilidade e funcionalidade.

Entender a desordem no qual estamos envolvidos e como ir ajustando o processo e retificar os passos a todos os instantes, é condição essencial. E quem está disponível e disposto a trabalhar nesta nova consciência?

Insisto na mensagem…tudo a que resistimos, negamos, rejeitamos, vai persistir! Quanto mais se encobre, esconde, não se quer saber e ver, mais confuso e emaranhado permanece e mantém-se ao longo do tempoooo! As situações e circunstâncias de vidas mantém-se em litígio constante, num labirinto de emoções, sem saída aparente.

Quando não se quer ver ou simplesmente não quer olhar para as dificuldades, os problemas, as inquietações, os desconfortos, está-se a negar a si próprio a possibilidade de criar um caminho de novas oportunidades. As gerações mais jovens e futuras ficam presas neste limbo e assumem o papel de arrumar, limpar, tratar do que os que vieram antes, rejeitaram. Que não seja em vão nenhuma vida e façamos para que quem nos antecedeu, tenha paz. Façamos nós, aqui e agora, a nossa parte, para que as gerações futuras, de filhos, netos bisnetos, … tenham uma vida mais plena e saudável. Assim honramos todos, ao os incluir cada um deles, no seu tempo e com as suas histórias.

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